Vanessa Sforsin é relações-públicas de formação e trabalha com Coaching Ontológico, Thetahealing e Numerologia.

Como você começa o seu dia? Você tem algum ritual de preparação para o trabalho?
Costumo acordar entre 6h e 7h e tenho um ritual matinal antes de começar o trabalho. Dedico de 1h a 1:30 para atividades pessoais e que me dão mais energia para começar o dia: água morna com limão, meditação, café da manhã, alguns afazeres domésticos. Deixo para olhar o celular (mensagens, e-mails) só depois disso, foi uma prática recente, porque assim consigo focar minha energia em uma coisa de cada vez.
Como você organiza sua semana de trabalho? Que ferramentas você usa para se manter organizada?
Tenho uma rotina bem estabelecida, como meu trabalho é home office, destino períodos e dias da semana para as atividades fixas: horários para atendimento, planejamento, curso, leitura e minhas atividades pessoais. Mesmo com uma rotina planejada, também procuro ser flexível e fazer ajustes de acordo com as demandas que possam surgir.
Eu uso a tradicional agenda no papel mesmo, me ajuda muito o fato de escrever e poder visualizar, abusar das canetinhas e post-its. Também uso um calendário mensal (estilo lousa) que fica na parede e posso visualizar o planejamento do mês todo e tenho um outro calendário de mesa para me planejar com os posts e stories que faço.
O que sempre falo para os meus clientes é que cada pessoa é única e vai encontrar uma ferramenta que combine mais com seu perfil e forma de se organizar, o importante é ir testando e desenvolver rotina e disciplina para se organizar não só no trabalho, mas em todas áreas da vida.
Como costuma ser o seu local de trabalho? E o que muda na sua rotina quando você viaja?
Tenho um quarto que transformei em escritório e é daqui que faço meus atendimentos online de Coaching e Numerologia, os planejamentos e estudos também. Mantenho sempre organizado, principalmente a mesa e na decoração tem muito de inspiração e objetos que ajudam na organização. Minha dica para quem trabalha no esquema home office é deixar um espaço na casa para isso, não precisa ser necessariamente um cômodo todo, mas um pequeno espaço que terá a sua energia criativa, de trabalho.
Atualmente tenho viajado mais para relaxar, então acabo não levando a minha rotina toda de trabalho, mas busco fazer a rotina matinal ou pelo menos parte dela.
Como você se organiza ao dar início a um novo projeto? Você planeja tudo antes ou apenas deixa fluir?
Geralmente deixo as ideias fluírem antes de colocar no papel, busco algumas referências/estudo e se for um projeto em conjunto gosto de marcar um café ou algo mais descontraído com as pessoas e falar sobre ideias, pontos de vista. Depois vou para o papel, depende muito do projeto, mas geralmente priorizo por alguns pontos: motivação, o que, quando, onde, materiais, objetivos e metas. Gosto bastante da metodologia Kan Ban, acho simples e eficaz, porque mostra as fases de algum projeto pensando nas atividades em fases: fazer, fazendo, feitas.
Pelo fato da organização ser um dos meus pontos fortes, antes eu tendia muito para o planejamento. Continuo planejando, mas também deixo fluir e estou mais flexível para os possíveis ajustes. Sempre falo: autoconhecimento é tudo e uma das frases que gosto muito é: esteja livre para planejar e deixe o que é de bom chegar.
Quais são seus maiores ladrões de tempo e como você lida com eles?
Assim como a maioria das pessoas, hoje meu principal ladrão do tempo tem sido as redes sociais, pelo fato de utilizá-las para meu trabalho, às vezes passo mais tempo do que o ideal. O que tenho feito para lidar com isso é colocar horários para checar, nem sempre é fácil, mas já é uma ação para que não seja um ladrão do meu tempo.
Como você lida com bloqueios criativos como o perfeccionismo, a ansiedade e o medo de não corresponder às expectativas?
Hoje está mais tranquilo, por já ter um tempo que venho trabalhando e experenciando o autoconhecimento na minha vida e através do meu trabalho, tem sido mais tranquilo olhar para esses pontos: perfeccionismo, ansiedade, medo, expectativas, entre outros.
Mas quando vejo que tem alguma crença que está me bloqueando, primeiro percebo o que é aquele sentimento e começo a me fazer perguntas: de onde vem esse sentimento? Qual a probabilidade disso acontecer? O que de melhor/pior pode acontecer? Em que outros momentos isso aconteceu e como foi? Como sinto isso no meu corpo?
O grande ponto é você reconhecer e aí começar a ressignificar, o Thetahealing (uma das ferramentas que utilizo nos meus atendimentos) me ajudou a olhar e fazer perguntas para chegar na raiz do que está trazendo certo sentimento, comportamento e através da tomada de consciência e responsabilidade poder ressignifiá-lo.
De onde vêm suas ideias? Há um conjunto de hábitos que você cultiva para se manter criativa?
Gostei dessa pergunta, me explicando pela Numerologia, a criatividade é característica de um dos números que estão na minha personalidade, então vejo que todas experiências são maneiras de despertar a criatividade, fazer conexões. Eu tenho o hábito de fazer listas (aprendi isso com a técnica do GTD – do livro “A arte de fazer acontecer”), crio essas listas no bloco de notas do celular mesmo e deixo por temas: livros, documentários, lugares para conhecer, inspirações, entre outros.
Que livro você mais tem recomendado para outras pessoas? O que você considera inspirador ler ou aprender sem que lhe peçam ou esperem isso de você?
Depende muito do tema ou interesse da pessoa, vejo o livro como algo muito pessoal, de gosto mesmo. Assim como falei das ferramentas que cada pessoa vai ter as suas preferidas, às vezes um livro pode ter me ajudado muito, mas nem tanto para você, porque mais uma vez: somos únicos!
Acho que cada pessoa vai buscar em diferentes momentos da vida aquilo que ressoa mais com sua busca, está tudo sempre fluindo na vida e também nos nossos interesses. Conheço pessoas que não gostam tanto de ler, mas aprendem muito com documentários ou na infinidade de vídeos, TEDs, palestras. Considero que além de ter o conhecimento de um livro ou vídeo no nosso mental, precisamos viver, experenciar esse conhecimento e só assim ele vai ser integrado. No meu caso, de que valeria eu trabalhar com autoconhecimento sem buscar e viver o meu, ou falar de ferramentas de planejamento e não utilizá-las. Precisamos buscar a coerência naquilo que faz sentido para nosso ser e fazer.
Mas vou deixar aqui alguns livros que me marcaram, sobre gestão de tempo indico muito o Christian Barbosa (“A tríade do tempo” e “Equilíbrio e Resultado”), da Brené Brown (maravilhosa!) (“A coragem de ser imperfeito”), gosto muito do Cortella também, acho simples, profundo e rende boas reflexões.
Que conselho você queria ter ouvido no início de sua carreira? Com o que sabe hoje, se tivesse que começar novamente, o que você faria diferente?
Acredito que eu ouvi o conselho que me ajuda na minha carreira que foi no sentido de que tudo na vida é construído aos poucos e que mais importante que a velocidade é sempre se manter em movimento, levo isso comigo na frase: pequenos passos bem dados. Não teria feito nada diferente, porque aquela era a consciência que tinha naquele momento.
O que você talvez faria se não tivesse seguido sua carreira atual? Que projeto você gostaria de fazer, mas ainda não começou?
Talvez tivesse ido para alguma empresa que trabalhe com gestão de pessoas ou consultoria de inovação.
Tenho alguns projetos dentro do meu trabalho em andamento e que vou divulgar em breve.