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Como trabalha Raphael Felicio

23 de junho de 2017 by José Nunes

Raphael Felicio é Diretor de Negócios Digitais da agência 300 Comunicação.

Como você começa o seu dia? Você tem uma rotina matinal?

Meu dia começa com um café-da-manhã sem muita correria, enquanto me atualizo das notícias, checo algumas tarefas no Asana (tendo em vista o fuso com uma parte da empresa – na Alemanha), e-mails e mensagens em geral. Já no trabalho, não existe muito um protocolo (com exceção dos litros de café diários na manhã).

Como você administra o seu tempo? Você prefere ter vários projetos acontecendo ao mesmo tempo?

Na verdade, não tenho a opção de ter uma vida diferente da com vários projetos simultâneos. Acredito que sempre procurei por isso e encontrei com maestria esse momento. (risos) Administro meu tempo com foco na gestão de projetos e tasks, utilizando ferramentas de comunicação que vão desde Slack até o Asana, onde buscamos organizar templates que se aplicam a diversos clientes na agência, tanto offline quanto digitais.

Como é sua relação com a tecnologia? O e-mail tem interrompido sua vida produtiva? Que ferramentas você usa para se manter organizado?

Sou imerso em tecnologia. Sempre gostei e sempre busquei me atualizar e aproveitar das melhores coisas para minha vida, sem sofrimento. O e-mail, na verdade, é um grande catalisador comunicacional para mim e eu sempre utilizei ele para um determinado tipo de conversação, deixando assuntos mais pessoais para outras ferramentas como Messenger, WhatsApp, entre outros.

Como costuma ser o seu local de trabalho? Você precisa de silêncio e um ambiente em particular para trabalhar?

Gosto do som, do barulho, do movimento. Gosto de ver pessoas interagindo, do dinamismo do local de trabalho. Claro, com exceção de algumas atividades mais sensíveis e de total concentração onde, de qualquer forma, coloco um fone de ouvido e prefiro não ser interrompido.

De onde vêm suas ideias? Há um conjunto de hábitos que você cultiva para se manter criativo?

Gosto de dedicar um tempo para pesquisar tendências, ver o que está sendo feito e como está sendo feito. Ter uma boa base referencial te ajuda a expandir os limites, se comparar, não acomodar, principalmente num momento onde tudo é tão rápido e numa evolução constante.

Como você lida com bloqueios criativos, como o perfeccionismo, o medo de não corresponder às expectativas e a ansiedade de trabalhar em projetos longos?

Talvez por sorte, eu nunca fui do perfil de sofrer, de achar que eu não daria conta. Sempre gostei de pensar que eu conseguiria aprender, sem medir esforços ou tempo para tal, mesmo quando eu era funcionário de outras empresas. Também nunca fui perfeccionista, sempre tentei equilibrar o tempo de produção com a qualidade da entrega, em pequenos ou grandes projetos.

Você desenvolveu técnicas para lidar com a procrastinação? Que conselhos sobre produtividade não funcionaram para você?

Aplicativos ou soluções de gestão de tempo como técnica Pomodoro, entre outras, nunca funcionaram comigo. Acho que absorver a responsabilidade de cumprir prazos e entregas é parte essencial, mesmo quando somos apenas parte de uma engrenagem maior de entregas. Eu, por exemplo, gosto de montar checklists com o que preciso fazer no dia. E durante um período de tempo, quando precisava trabalhar ao chegar em casa, tirava o carregador do notebook e criava um auto-desafio onde eu devia terminar o projeto (ou parte dele) até a bateria acabar.

Qual é o livro que mais mudou a sua vida e por quê? O que você considera inspirador ler ou aprender sem que lhe peçam ou esperem isso de você?

Não sou muito do tipo de empreendedor que lê pilhas de livros e sai recomendando, levantando a bandeira de que o livro mudou minha vida e pregando noções técnicas que muitas vezes nem se aplicam na realidade brasileira ou que é muito mais difícil do que realmente aparenta pela história dos outros (que sempre vai ser diferente em aplicabilidade). Costumo ler muito mais websites, textos curtos, artigos aspiracionais quando necessário, casos mais recentes de elementos mais fragmentados ao invés de uma visão mais genérica de corporações.

Que conselho você queria ter ouvido aos vinte anos? Com o que você sabe hoje, se tivesse que começar novamente, o que você faria de diferente?

Eu gostaria ter ouvido o que eu tento falar pra quem me pergunta hoje sobre a área, como começar, por onde investir o tempo: “Tenta ter uma visão geral, no mínimo, de programação. Mesmo que, como eu, não venha a programar, o conhecimento vai expandir os horizontes, possibilitar construir itens mais reais e inclusive encontrar falhas em soluções hoje já publicadas.” Eu sempre vou lamentar o fato de não ter começado mais cedo, enquanto eu ainda tinha tempo sobrando!

Que projeto você gostaria de fazer, mas ainda não começou? Que livro você gostaria de ler e ele ainda não existe?

Tenho dois projetos latentes que estão pausados por mais tempo do que deveria. Quero realmente continuar lutando para estabelecer essas soluções e então partir para meios físicos, onde pretendo diversificar e investir. Sobre livros, mais e mais romances e histórias fictícias fodas pra relaxar a cabeça e descansar de toda a correria e imersão do trabalho seriam suficientes e bem-vindas.

Arquivado em: Entrevistas

Sobre o autor

José Nunes (@nunescnt) é doutor em direito pela Universidade de Brasília.

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