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Como trabalha Patrícia Stanquevisch

16 de maio de 2017 by José Nunes

Patrícia Stanquevisch é formada em Educação Física e se dedica à criação de um espaço para superação de limites nos aspectos físicos, emocionais e mentais, com base na colaboração e amor.

Como você começa o seu dia? Você tem uma rotina matinal?

Sim. Tenho uma rotina. Minha primeira ação é beber água e depois meditar. E neste processo meditativo, trabalho com algumas ferramentas, tais como Jogo da Transformação®, que me dão um norte para ações do meu dia. A partir do que surge, eu passo a me observar no que vai se apresentando.

Como você administra o seu tempo? Você prefere ter vários projetos acontecendo ao mesmo tempo?

Como boa geminiana, a rotina me leva ao tédio. Eu trabalho muito melhor se tiver mais de um projeto, de boa estrutura, para conduzir ou me dedicar. Geralmente eles estão interligados no teor. Porque sigo muito o chamado do meu coração e ele sempre me leva para caminhos muito semelhantes.

Como é sua relação com a tecnologia? O e-mail tem interrompido sua vida produtiva?Que ferramentas você usa para se manter organizada?

Me dou muito bem com a tecnologia. Recebo muitos e-mails, mas criei uma forma de lidar com eles. Após minha meditação, abro a caixa de entrada e seleciono o que é prioridade naquele momento. Resolvo imediatamente o que é possível. Depois seleciono o que pode ser resolvido até o final do dia. Normalmente volto a olhar à tarde, no finzinho dela e fecho. Limpo a caixa dos lixos e ele fica organizado.

No geral, minha organização é interna. Mas uso agenda virtual, que está conectada ao meu celular, também. E colo post it na mesa de trabalho, com todos os meus compromissos. Quando acabo, risco dali. Tenho organizado por ordem de prioridade.

Eu sou uma pessoa organizada por natureza. Até minha bagunça é organizada. Então as ferramentas são mais para aprimorar isso.

Como costuma ser o seu local de trabalho? Você precisa de silêncio e um ambiente em particular para trabalhar?

Depende do trabalho. Mas diariamente uso uma sala com minha mesa pessoal, meu notebook e música. O principal é a música. Ela me inspira. Quando tenho jogo da transformação, o qual facilito, o local precisa ser mais quieto e privado. Quando estou num evento, ele é adequado ao evento. E quando estou numa viagem, tudo depende para onde vou. São vários trabalhos que tenho.

De onde vêm suas ideias? Há um conjunto de hábitos que você cultiva para se manter criativa?

Do chuveiro. (risos) Há uma brincadeira entre amigos que deveria haver um programa de TV chamado “no banho com Patrícia”. Isso porque tenho grandes insights tomando banho. Também quando acordo, é muito fácil vir uma idéia nova ou a solução de um problema. Meu hábito principal para me manter criativa e inspirada é respirar e meditar. Limpar o barulho mental. E melhorou bem quando me desconectei do facebook. Hoje uso bem pouco, para divulgar só o necessário, mas confesso que não fico lendo o que está na timeline. Fico até meio desinformada do mundo por conta disso.

Outra coisa que me inspira e me faz criar coisas novas é olhar muita gente falando de vários assuntos. Dali sempre sai algo para eu trabalhar ou reinventar nos meus projetos. A interação direta é bem importante para mim. São muitos saberes neste mundo. E eles me alimentam.

Como você lida com bloqueios criativos, como o perfeccionismo, o medo de não corresponder às expectativas e a ansiedade de trabalhar em projetos longos?

Com o Jogo da Transformação®. Como ele me dá respostas que partem do meu Eu superior e não do externo, busco nele este apoio. Principalmente no que diz respeito ao medo. Já fui muito perfeccionista. Hoje acho que estou mais light. Isso não me aprisiona. A ansiedade é algo que tive bem pouco na vida. Uso floral há anos, para me manter no agora. E vivo cada projeto de acordo com o como ele se apresenta. Aprendi há alguns anos atrás, que o resultado não é controle meu, então deixo fluir.

Você desenvolveu técnicas para lidar com a procrastinação? Que conselhos sobre produtividade não funcionaram para você?

Eu coloco ordem de prioridade nos compromissos. Quando algo fica patinando, tento observar qual a razão. Me faço perguntas. Por que isso não sai do papel? O que me incomoda nessa atividade? E deixo vir as respostas. Isso me apóia. Produtividade é uma palavra que não cabe no meu mundo interno. Eu fluo com o meu coração. E faço da forma mais tranqüila possível o que preciso fazer. Busco não entrar nessa do quanto produzi ou deixei de. Não sou uma máquina, mas alguém que está nesse planeta para aprender a SER. E meu norte é o amor, somente. Fazer só para produzir não combina comigo de jeito algum. Faço porque amo.

Qual é o livro que mais mudou a sua vida e por quê? O que você considera inspirador ler ou aprender sem que lhe peçam ou esperem isso de você?

Onde existe Luz, de Yogananda. Eu busco aprender sempre mais sobre mim mesma. E a partir disso mais sobre o outro. O autoconhecimento é meu motor para tudo. Neste livro, eu tive um click imenso sobre como eu cobrava de mim o que era expectativa do mundo, menos minha. E comecei meu processo de despertar para a liberdade do SER.

Mas o que mais me inspira e me emociona é a natureza. Eu a observo e meu coração vibra demais, na maioria das vezes. Acho que ela é perfeita. Flui. Abundante de amor. E não preciso dos livros para me conectar com isso. Aprendo com a natureza como confiar e entregar. Ela não fica tentando ser o que não é. É só essência.

Que conselho você queria ter ouvido aos vinte anos? Com o que você sabe hoje, se tivesse que começar novamente, o que você faria de diferente?

Queria muito ter ouvido para seguir meu coração e manter minha autenticidade. Eu tentaria agradar menos o mundo. Atender convenções. Assumiria minha singularidade desde sempre. Sem medo.

Que projeto você gostaria de fazer, mas ainda não começou? Que livro você gostaria de ler e ele ainda não existe?

Eu já tentei começar, mas não funcionou. Mas o projeto que quero fazer é criar uma comunidade baseada na energia do amor, com fundamentos da colaboração. Incluindo uma nova moeda que é bem diferente do dinheiro. Não é baseada na troca, mas no fluxo do amor. O livro que gostaria de ler e ainda não existe é: Agora entendo que foi tudo uma ilusão, sou livre para Ser consciência.

Filed Under: Entrevistas

Sobre o autor

José Nunes (@nunescnt) é doutorando em direito na Universidade de Brasília.

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